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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sincretismo na Umbanda

Devido à uma série de acontecimentos históricos, à opressão sofrida pelos negros na época da escravidão e à imposição da religião católica dos fazendeiros sobre seus escravos, hoje o sincretismo dos nossos Orixás com os Santos do Catolicismo é muito presente na Umbanda. Muitas vezes este sincretismo e a presença de imagens católicas em nossos terreiros torna-se muito importante para aquele consulente que não conhece muito sobre a Umbanda e vai para um terreiro cheio de medo e desconfiança, mas quando chega lá se sente confortável pois encontra algo que reconhece como sagrado. Sendo assim, seja pela importância para os trabalhos ou pelo fato histórico em si, cabe a nós conhecer e entender o sincretismo na Umbanda. Vamos lá ?

OXALÁ – Jesus Cristo, Nosso Senhor do Bonfim. O grande Pai da Umbanda. Senhor da compaixão, do perdão, da sapiência e da fé. Saudação: Oxalá yê, meu pai! ou Exê Babá! – significa: O Sr. Realiza! Obrigada Pai!


XANGÔ – São Jerônimo, São Pedro, São João. São Jerônimo foi quem traduziu alguns livros da Bíblia do hebraico e do grego para o latim e São João pregava a conversão religiosa e batizou Jesus. Xangô é o deus do trovão e da justiça. Saudação: Caô Cabecilê, meu Pai! – significa: Permita-me vê-lo, Majestade!

                                                                                           

OGUM – São Sebastião (BA), São Jorge (RJ). Orixá do ferro, fogo e tecnologia. Ogum é o orixá guerreiro capaz de abrir caminhos na vida e quebrar nossas demandas. Saudação: Ogum Yê, meu Pai! – significa: Salve o Sr. Da Guerra!

                                                                                            
                                                                                                                     
OXOSSI – São Sebastião (RJ), São Jorge (BA). Orixá da caça e da fartura. Senhor das matas, da verdade e do conhecimento. O grande caçador de almas perdidas, grande curador e grande doutrinador. Saudação: Oke Arô, meu Pai! – significa: Dê seu brado, Majestade!

                                                                                              

OBALUAYÊ – São Lázaro, São Francisco (BA). Senhor da cura, da evolução e da passagem. Saudação: Atotô, meu Pai! – significa: Peço quietude, meu Pai!
OMULU – São Roque, São Lázaro, São Bento. Senhor do fim, Senhor da paralização. Saudação: Atotô, meu Pai! – significa: Peço quietude, meu Pai!

                                                                                  

IBEJI - São Cosme e São Damião. Pureza, leveza, alegria e doçura. Saudação: Salve a Ibejada!

                                                                      

YANSà– Santa Bárbara. Orixá guerreira, deusa dos raios, dos ventos e das tempestades. Liberdade, movimento e paixão pela vida essa grande orixá nos traz. Saudação: Eparrei, Yansã! – significa: Salve o raio, Yansã!

                                                                                                                   
OXUM – Nossa Senhora da Conceição (RJ), Nossa Senhora das Candeias (BA). Orixá do amor puro e verdadeiro, orixá da alegria e da união. Senhora da águas doces e das cachoeiras. Saudação: Ora Yê iê, ô! – significa: Olha por nós, Mãezinha!

                                                                               
IEMANJÁ – Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes. É a deusa dos grandes rios, mares e oceanos. A grande mãe da Umbanda e dos Orixás. Representa vida e geração em todos os sentidos. Saudação: Odoyá Yemanjá! Adoci-yaba! – significa: Salve a Senhora da Água!

                                                                                          



A importância dos pontos riscados na Umbanda Astrológica


Percebo aqui nas visitas a este humilde blog, que há um enorme interesse sobre pontos riscados. Na verdade os pontos são mesmo importantíssimos, eu diria que os riscados, mais ainda que os cantados. Claro que os cantados também são de suma importância, mas, a diferença é que são mais litúrgicos, enquanto que os riscados são mais magisticos.

Os primeiros pontos a serem riscados são os de firmeza do conga e entrada. São riscados no chão, em geral pelo guia que ira chefiar a gira. Pontos de trabalho, riscados para direcionar energias durante um atendimento por exemplo assim como os pontos de confirmação são riscados em tábuas que possuímos para tal.Entendo os pontos riscados como portais, logo visualizo o riscar na tábua um possibilidade de mover para outro lado sem que necessite fazer tudo de novo. No chão, quando a entidade trás sua assinatura, pois é através dela que o guia afirma ser quem diz ser ou como os Umbandistas entendem saber por qual linha ele vem trabalhar. As tábuas creio eu foi uma introdução dos dirigentes, tendo em vista que ficava melhor para o trabalho de aportar os objetos de trabalho quando a entidade está no terreiro, ( Ex: Copo com água, velas, ervas, fios de contas, bilhetes, búzios e etc...)Marcas de tribos são os Gberes ou curas que são diferenciados entre Nações de Candomblé podendo terem riscos verticais, horizontais, em cruzes, ondulados e pela quantidade de riscos paralelos ou ainda uma mistura entre estes em casos de iniciados ou simplesmente em desenhos nas paredes ou chão. O Ponto riscado também é visto e realizado tanto na Cultura Angola/Kongo como na Cultura Fon ( Djedje), mas sua predominância é de fato na Umbanda. Nem sempre o risco é ponto de firmamento, muitas vezes esse risco trás influencias cabalísticas como em casos de pontos de fogo ou mesmo cruzamentos sejam com Pembas, amaci, água, marafo e etc... Algumas outras culturas da religiosidade afro descendente também o fazem como marcas de tribo ou simbolismo.E vale lembrar ainda que a prática utilizada na Umbanda e conhecida como ponto de fogo utilizado por algumas entidades na verdade é algo trazido da ancestralidade Fon/Ewe ( Djedje ). Interessante lembrar que na cultura do Angola/Kongo, todos nós que nascemos com ancestralidade para o direito ao Sacerdócio ( Nganga ) trazemos nosso risco cabalístico além das dijinas que são duas, uma para o conhecimento do clã ( Família ) a qual classifica o iniciado por aquilo ao qual ele venha a representar como a minha KAMBAMI ( O filho que fala pelo Pai ) e outra bem mais secreta que dá a origem de sua linhagem e toda sua carga espiritual chamada de Dijina Kissuama.Essa prática magistica é bem mais vista no chamado Vodoo, não confundir com o culto a Vodunsi, pois ambos tem sua origem nas culturas do Dahomey (Daomé). Também, os riscos nas culturas Yorùbá podem e são relacionados com a forma geomântica das leituras dos Odu.Analizando ainda a parte os pontos riscados sejam dentro de louças ou de alguidares/oberós, vale lembrar os ambos aspectos que levem a tal procedimento, seja para firmar o ponto do guia ou mesmo para quebrar demanda. A Umbanda por estar repleta de espíritos de diversas culturas trás para dentro de sua linha diversas formas de riscos o que leva ou deveria levar a um sacerdote Umbandista uma compreensão bem mais ampla das culturas de origem para poder entender e saber analisar a entidade presente.O certo é que aquele que domina essa prática, se torna um grande mago e domina a magia, assim como aconteceu com Salomão, Melquisedek e outros. E não se engane, essa pratica não é uma criação da Umbanda que conhecemos hoje, na verdade é muito mais antiga do que se pensa.Mas, é muito difícil, poucos iniciados tem 50% do domínio e do conhecimento dessa ciência fantástica. Muitos destes pontos as vezes não são riscados com a Pemba e sim desenhados com o próprio material ofertado, seja no desenho que se faz com a farofa/Padê ou mesmo nas disposições dos elementos ( Ex: Quiabo/Ilá nas comidas de Sangò. Nos chamados "paliteiros" nos inhames de Ògún, na distribuição do Coco/Àgbon nas oferendas de Odé, no enfeite de camarões nas oferendas de Yemoja, nas colocações dispostas das folhas de Louro nos Akarajés de Oya e etc. Só que mais importante que os elementos é saber decifrar para que serve cada ponto, cada traço e não usar as magias movimentadas por eles sem prudencia.Enfim, é bem mais do que apenas riscar com Pemba seja no chão ou na tábua. Os pontos cabalisticos se estendem bem mais dentro da liturgia espiritual. Em geral os pontos riscados tem função de agregar ou dispersar energias conforme movimento ou vontade do manipulador , de modo que, sempre trazem sinais que se relacionam as elementos da natureza mais afins ao manipulador ou objeto em questão , quer seja terra, agua, fogo e ar.Os pontos mais fortes e corretamente montados são de culturas distantes como a antiga cabala iniciática brahmane chamado por pesquisadores de alfabeto adamico. Também há influência Celta, Essênia, Egipcia, hebraica e Meji. Além de pontos que não conhecemos ainda e que só são passados aos escolhidos por seus mentores, esses são inéditos.Muito antes de conhecer a Umbanda, a espiritualidade, magia ou esoterismo, sempre vi pontos riscados no céu, ao fechar os olhos, dormindo ou acordado. Sempre tive a noção de que a magia passa pela ritualistica dos riscos sagrados. O próprio Cristo tinha noção disso, pois, vivia riscando no chão. Até porque ele estudou com os descendentes essênios e além disso, toda cultura hebraica é rica nesse tido de esoterismo ou simbolismo.E sem querer me extender esse é o maior misterio visivel nos trabalhos esotericos de umbanda pois esta vinculado a egregoras consonantes de energia no plano astral, logo nao é leite pra crianca beber... e assim vamos seguindo devagar , devagarinho, as vezes vendo um ou outro movimento de magia interessante por ai nos pontos riscados em meio a sinais em geral apenas mnemonicos ( que ativam a memoria ) como estrelas, ancoras, coracoes ,etc. Mas, grande maioria não passa de bobagem. Muitos ensinam uma tal de "geometria sagrada", dizem que fizeram incorporados, mas tudo é só pra vender livros e cursos.E o sinal mais importante para os mediuns iniciados no segmento esoterico é um poonto chamado de ordens e direitos de trabalho onde o mentor chefe do medium, se identifica e invoca suas forçcas, comandos e comandados, para o trabalho libertador de consciencias... Esse sinal principal é o ponto que fica, ou a meu ver deveria ficar, sobre a mesa principal ou conga em templos de Umbanda.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Médiuns: O que a ciência tem a dizer sobre a mediunidade?


Os cientistas acreditam que o cérebro explica a mediunidade, mas não saberm dizer como


De repente, coisas estranhas ocorrem. A pessoa vê vultos inexplicáveis, ouve vozes de gente que não aparece ou faz previsões que, de tão acertadas, não parecem ser apenas coincidência. 

Depois dos momentos de susto, chega a hora de deixar de negar o fenômeno e tentar conviver com ele. 

Os brasileiros que acreditam ter dons mediúnicos geralmente procuram centros espíritas há 14 mil deles no país e acabam conhecendo gente com histórias parecidas. "Mas, quando a mediunidade é exuberante, você não pode evitá-la" , diz Marta Antunes, diretora da Federação Espírita Brasileira.

As imagens de espíritos ou a inspiração para escrever uma carta costumam aparecer do nada, como um déjà vu, na hora em que a pessoa menos espera. É como dizia o médium Chico Xavier: "O telefone toca sempre de lá para cá". Na tentativa de ligar daqui para lá, muitas religiões do planeta criam rituais e provocam um momento de êxtase: o transe. Para os médiuns, o transe é o ponto alto de sua habilidade, quando conseguem incorporar um espírito. Já para os psiquiatras, é um estado alterado de consciência, assim como a hipnose, que se atinge após um longo processo de concentração. Rituais com danças frenéticas, mantras, estímulos luminosos, jejum prolongado e até plantas alucinógenas fariam o participante sair de si. Uma boa forma de desvendar a mediunidade é entender como rituais levam ao transe e como o transe resulta nos relatos de contato com os espíritos. Por isso, os cientistas tentam estudar o que acontece no cérebro durante esse momento único. A busca tem duas frentes. Numa delas há espíritas que tentam explicar e comprovar cientificamente a mediunidade. É o caso do psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de medicina e espiritualidade da USP e membro da Associação Médico-Espírita de São Paulo.Segundo ele, a glândula pineal é a responsável pela interatividade com o mundo dos espíritos. Do tamanho de uma ervilha, a pineal fica no centro do cérebro e produz a melatonina, hormônio que regula o sono. "É um órgão sensorial capaz de converter ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos", diz. Oliveira acredita que as pessoas que dizem sofrer possessões têm na pineal uma quantidade maior de cristais de apatita, um mineral parecido com o esmalte dentário. Quanto mais cristais, maior seria a sensibilidade espiritual.

Sintomas de Mediunidade


A mediunidade é faculdade inerente a todos os seres humanos, que um dia se apresentará ostensiva mais do que ocorre no presente momento histórico.
À medida que se aprimoram os sentidos sensoriais, favorecendo com mais amplo cabedal de apreensão do mundo objetivo, amplia-se a embrionária percepção extrafísica, ensejando o surgimento natural da mediunidade.
Não poucas vezes, é detectada por características especiais que podem ser confundidas com síndromes de algumas psicopatologias que, no passado, eram utilizadas para combater a sua existência.
Não obstante, graças aos notáveis esforços e estudos de Allan Kardec, bem como de uma plêiade de investigadores dos fenômenos paranormais, a mediunidade vem podendo ser observada e perfeitamente aceita com respeito, face aos abençoados contributos que faculta ao pensamento e ao comportamento moral, social e espiritual das criaturas.
Sutis ou vigorosos, alguns desses sintomas permanecem em determinadas ocasiões gerando mal-estar e dissabor, inquietação e transtorno depressivo, enquanto que, em outros momentos, surgem em forma de exaltação da personalidade, sensações desagradáveis no organismo, ou antipatias injustificáveis, animosidades mal disfarçadas, decorrência da assistência espiritual de que se é objeto.
Muitas enfermidades de diagnose difícil, pela variedade da sintomatologia, têm suas raízes em distúrbios da mediunidade de prova, isto é, aquela que se manifesta com a finalidade de convidar o Espírito a resgates aflitivos de comportamentos perversos ou doentios mantidos em existências passadas. Por exemplo, na área física: dores no corpo, sem causa orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas do sono - insônia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese -; taquicardias, sem motivo justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória, constituindo todos eles ou apenas alguns, perturbações defluentes de mediunidade em surgimento e com sintonia desequilibrada. No comportamento psicológico, ainda apresentam-se: ansiedade, fobias variadas, perturbações emocionais, inquietação íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas, sensações de presenças imateriais - sombras e vultos, vozes e toques - que surgem inesperadamente, tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação, representando distúrbios mediúnicos inconscientes, que decorrem da captação de ondas mentais e vibrações que sincronizam com o perispírito doenfermo, procedentes de Entidades sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de refazimento dos conflitos em que ambos - encarnado e desencarnado - se viram envolvidos.
Esses sintomas, geralmente pertencentes ao capítulo das obsessões simples, revelam presença de faculdade mediúnica em desdobramento, requerendo os cuidados pertinentes à sua educação e prática.
Nem todos os indivíduos, no entanto, que se apresentam com sintomas de tal porte, necessitam de exercer a faculdade de que são portadores. Após a conveniente terapia que é ensejada pelo estudo do Espiritismo e pela transformação moral do paciente, que se fazem indispensáveis ao equilíbrio pessoal, recuperam a harmonia física, emocional e psíquica, prosseguindo, no entanto, com outra visão da vida e diferente comportamento, para quenão lhe aconteça nada pior, conforme elucidava Jesus após o atendimento e a recuperação daqueles que O buscavam e tinham o quadro de sofrimentos revertido.
Grande número, porém, de portadores de mediunidade, tem compromisso com a tarefa específica, que lhe exige conhecimento, exercício, abnegação, sentimento de amor e caridade, a fim de atrair os Espíritos Nobres, que se encarregarão de auxiliar a cada um na desincumbência do mister iluminativo.
Trabalhadores da última hora, novos profetas, transformando-se nos modernos obreiros do Senhor, estão comprometidos com o programa espiritual da modificação pessoal, assim como da sociedade, com vistas à Era do Espírito imortal que já se encontra com os seus alicerces fincados na consciência terrestre.
Quando, porém, os distúrbios permanecerem durante o tratamento espiritual, convém que seja levada em conta a psicoterapia consciente, através de especialistas próprios, com o fim de auxiliar o paciente-médium a realizar o autodescobrimento, liberando-se de conflitos e complexos perturbadores, que são decorrentes das experiências infelizes de ontem como de hoje.
O esforço pelo aprimoramento interior aliado à prática do bem, abre os espaços mentais à renovação psíquica, que se enriquece de valores otimistas e positivos que se encontram no bojo do Espiritismo, favorecendo a criatura humana com alegria de viver e de servir, ao tempo que a mesma adquire segurança pessoal e confiança irrestrita em Deus, avançando sem qualquer impedimento no rumo da própria harmonia.
Naturalmente, enquanto se está encarnado, o processo de crescimento espiritual ocorre por meio dos fatores que constituem a argamassa celular, sempre passível de enfermidades, de desconsertos, de problemas que fazem parte da psicosfera terrestre, face à condição evolutiva de cada qual.
A mediunidade, porém, exercida nobremente se torna uma bandeira cristã e humanitária, conduzindo mentes e corações ao porto de segurança e de paz.
A mediunidade, portanto, não é um transtorno do organismo. O seu desconhecimento, a falta de atendimento aos seus impositivos, geram distúrbios que podem ser evitados ou, quando se apresentam, receberem a conveniente orientação para que sejam corrigidos.
Tratando-se de uma faculdade que permite o intercâmbio entre os dois mundos - o físico e o espiritual - proporciona a captação de energias cujo teor vibratório corresponde à qualidade moral daqueles que as emitem, assim como daqueloutros que as captam e as transformam em mensagens significativas.
Nesse capítulo, não poucas enfermidades se originam desse intercâmbio, quando procedem as vibrações de Entidades doentias ou perversas, que perturbam o sistema nervoso dos médiuns incipientes, produzindo distúrbios no sistema glandular e até mesmo afetando o imunológico, facultando campo para a instalação de bactérias e vírus destrutivos.
A correta educação das forças mediúnicas proporciona equilíbrio emocional e fisiológico, ensejando saúde integral ao seu portador.
É óbvio que não impedirá a manifestação dos fenômenos decorrentes da Lei de Causa e Efeito, de que necessita o Espírito no seu processo evolutivo, mas facultará a tranqüila condução dos mesmos sem danos para a existência, que prosseguirá em clima de harmonia e saudável, embora os acontecimentos impostos pela necessidade da evolução pessoal.
Cuidadosamente atendida, a mediunidade proporciona bem-estar físico e emocional, contribuindo para maior captação de energias revigorantes, que alçam a mente a regiões felizes e nobres, de onde se podem haurir conhecimentos e sentimentos inabituais, que aformoseiam o Espírito e o enriquecem de beleza e de paz.
Superados, portanto, os sintomas de apresentação da mediunidade, surgem as responsabilidades diante dos novos deveres que irão constituir o clima psíquico ditoso do indivíduo que, compreendendo a magnitude da ocorrência, crescerá interiormente no rumo do Bem e de Deus.

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 10 de julho de 2000, em Paramirim, Bahia).
(Jornal Mundo Espírita de Março de 2001)

Oração: Salve Rainha


Salve, Rainha, 


Mãe misericordiosa, 

vida, doçura e esperança nossa, salve! 

A vós brandamos os degregados filhos de Eva. 

A vós suspiramos, gemendo e chorando 

neste vale de lágrimas. 

Eias pois, advogada nossa, 

esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, 

e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, 

bendito fruto de vosso ventre, 

ó clemente,

ó piedosa, 

ó doce sempre Virgem Maria.

Rogais por nós Santa Mãe de Deus. 

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. 

Amém.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Falange dos caboclos(as)


 Embora existam diferenças  entre os nomes encontrados por diferentes pesquisadores para as entidades, em relação as suas Vibrações Originais, apresentamos a seguir uma relação que nos parece a mais próxima de uma realidade:
 
Caboclos de Ogum:
 
Águia Branca, Águia Dourada, Águia Solitária, Araribóia, Beira-Mar, Caboclo da Mata, Icaraí, Caiçaras Guaraci, Ipojucan, Itapoã, Jaguaré, Rompe-mato, Rompe-nuvem, Sete Matas, Sete Ondas, Tamoio, Tabajara, Tupuruplata, Ubirajara, Rompe-Ferro, Rompe-Aço


 
Caboclos de Xangô:
 
Araúna, Cajá, Caramuru, Cobra Coral, Caboclo do Sol, Girassol, Guaraná, Guará, Goitacaz, Jupará, Janguar, Rompe-Serra, Sete Caminhos, Sete Cachoeiras, Sete Montanhas, Sete Estrelas, Sete Luas, Tupi, Treme-Terra, Sultão das Matas, Cachoeirinha, Mirim, Urubatão da Guia, Urubatão, Ubiratan, Cholapur.


 
Caboclos de Oxóssi:
 
Caboclo da Lua, Arruda, Aimoré, Boiadeiro, Ubá, Caçador, Arapuí, Japiassu, Junco Verde, Javari, Mata Virgem, Pena Branca, Pena Dourada, Pena Verde, Pena Azul, Rompe-folha, Rei da Mata, Guarani, Sete Flechas, Flecheiro, Folha Verde,, Tupinambá, Tupaíba, Tupiara, Tapuia, Serra Azul, Paraguassu, Sete Encruzilhadas.

 
Caboclos de Omulu:
 
Arranca-Toco, Acuré, Aimbiré, Bugre, Guiné, Gira-Mundo, Iucatan, Jupuri, Uiratan, Alho-d'água, Pedra Branca, Pedra Preta, Laçador, Roxo, Grajaúna, Bacuí, Piraí, Suri, Serra Verde, Serra Negra, Tira-teima, Seta-Águias, Tibiriçá, Vira-Mundo, Ventania.


 
Caboclas de Iansã:
 
Bartira, Jussara, Jurema, Japotira, Maíra, Ivotice, Valquíria, Raio de Luz, Palina, Poti, Talina, Potira


 
Caboclas de Iemanjá:
 
Diloé, Cabocla da Praia, Estrela d'Alva, Guaraciaba, Janaína, Jandira, Jacira, Jaci, Sete Ondas, Sol Nascente


 
Caboclas de Oxum:
 
Iracema, Imaiá Jaceguaia, Juruema, Juruena, Jupira, Jandaia, Araguaia, Estrela da Manhã, Tunué, Mirini, Suê


 
Caboclas de Nanã:
 
Assucena, Inaíra, Juçanã, Janira, Juraci, Jutira, Luana, Muraquitan, Sumarajé, Xista, Paraquassu


 
Caboclinhos da Ibeijada:
 
Nesta querida falange, encontramos os Caboclinhos e Caboclinhas do Mato que se manifestam em sua forma indígena.

Caboclos e caboclas de nossa umbanda


 Originalmente, a palavra Caboclo significa mestiço de Branco com Índio mas, na percepção umbandista, refere-se aos indígenas que em épocas remotas habitaram diversas partes do planeta, como civilizações aparentemente primitivas, mas na realidade de grande sabedoria. Espíritos que, embora em sua encarnações tenham vivido em outros países, identificam-se espiritualmente na vibração dos Caboclos, como por exemplo, os índios Americanos, os Astecas,  os Maias, os Incas e demais indígenas que povoaram a América do Sul.
Falar em Caboclos na Umbanda, é fazer menção a todos eles que, com denominações diversas, atuam em nossos terreiros e que, com humildade, como muito bem recomenda a espiritualidade, omitem detalhes referentes às suas vidas quando encarnados.

Na Umbanda, os Caboclos constituem uma falange e, como tal, penetram em todas as linhas, atuando em diversas virações. Entretanto, cada um deles tem uma vibração originária, que pode ser ou não aquela em que ele atua.
Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxóssi, ou seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porêm em nossa percepção, compreendemos que Caboclos diferentes, possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se apresentar sob a Vibração de Ogum, de Xangô, de Oxóssi ou Omulu. Já as Caboclas, podem se apresentar sob as Vibrações de Iemanjá, de Oxum, de Iansã ou de Nanã.
Não há necessidade da Vibração do Caboclo-guia, coincidir com a do Orixá dono da coroa do médium: o guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar em um sensitivo que é filho de Oxóssi; apenas neste caso, a entidade, embora sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxóssi.

sábado, 27 de agosto de 2011

Oração ao anjo da guarda


Espíritos esclarecidos e benevolentes, mensageiros de Deus, que tendes por missão assistir os homens e conduzi-los pelo bom caminho, sustentai-me nas provas desta vida; dai-me a força de suportá-las. Esclarecei a minha consciência com relação aos meus defeitos e tirai-me dos olhos o véu do orgulho, capaz de impedir que os perceba e confesse a mim mesmo.

A ti sobretudo (nome do anjo), meu anjo da guarda, que mais particularmente velas por mim, e a todos vós, espíritos protetores, que por mim vos interessais, peço fazerdes que me torne digno da vossa proteção. Conheceis as minhas necessidades: sejam elas atendidas segundo a vontade de Deus.

Amém

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Origem dos Pretos Velhos

A linha de Preto Velho, na Umbanda, são entidades, que se apresentam estereotipados como anciãos negros conhecedores profundos da magia Divina e manipulação de ervas, o qual aplicam frequentemente em sua atuação na  Umbanda, porém no candomblé, são considerados Eguns.

Crê-se que em referência à dor e aflição sofrida pelo povo negro (período de trevas no território brasileiro), a linha de preto velho reflete a humildade, a paciência e a perseverança característica da atuação da linha nominada de Yorima cujo apresenta-se de pés no chão, cachimbo de barro bem rústico, quando não cigarro de palha, café, e um fio de contas de rosários (Lágrima de Nossa Sra), e cruzes, figas e breves os quais utilizam magisticamente em sua atuação astral.

Os pretos velhos apresentam-se com nomes de individualizam sua atuação, conforme nação ou orixá regente, evidenciando sua atuação propriamente dita.

Os nomes comumente usados são:
  • Pai Joaquim;
  • Pai Francisco;
  • Pai Maneco de Aruanda;
  • Pai João;
  • Pai José;
  • Pai Mané;
  • Pai Antônio;
  • Pai Roberto;
  • Pai Cipriano;
  • Pai Tomaz;
  • Pai Jobim;
  • Pai Roberto;
  • Pai Guiné;
  • Pai Jacó;
  • Pai Benedito;
  • Velho Liberato
  • Rei Congo
ou femininos:
  • Vó Cambinda;
  • Vó Cecília;
  • Vó Maria Conga;
  • Vó Catarina;
  • Vó Ana;
  • Vó Quitéria;
  • Vó Benedita;
  • Vó Cambinda;
  • Vó Minerva;
  • Tia Luiza;
Em sua linha de atuação eles apresentam-se pelos seguintes codinomes, conforme acontecia na época da escravidão, onde os negros eram nominados de acordo com a região de onde vieram:
  • Congo_ Ex: (Pai Francisco do Congo), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Iansã;
  • Aruanda_ Ex: (Pai Francisco de Aruanda), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxalá. (OBS: Aruanda quer dizer céu);
  • D´Angola_ Ex: (Pai Francisco D´Angola), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Ogum;
  • Matas_ Ex: (Pai Francisco das Matas), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxóssi;
  • Calunga, Cemitério ou das Almas_ Ex: (Pai Francisco da Calunga, Pai Francisco do Cemitério ou Pai Francisco das Almas), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Omolu/ Obaluayê;
Entre diversas outras nominações tais como: _Guiné, Moçambique, da Serra, da Bahia, etc...

Muitos Pretos Velhos podem apresentar-se como Tio, Tia, Pai, Mãe, Vó ou Vô, porém todos são todos Pretos Velhos.
. Na gira eles só comem o que for feito de milho como por exemplo:
  • Bolo de milho, pamonha, cural e etc.
"AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO".
Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, fumando o seu cachimbo um triste Preto Velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pela face e... Foram sete.
A Primeira... A estes indiferentes que vem no Terreiro em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber;
A Segunda... A esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam;
A Terceira... Aos maus, aqueles que somente procuram a umbanda em busca de vingança, desejando sempre prejudicar ao semelhante;
A Quarta... Aos frios e calculistas, que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão;
A Quinta... Chega suave, tem o sorriso, o elogio da flor dos lábios, mas se olharem bem seu semblantes verão escrito: creio na Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zambi, mas somente se resolverem o meu caso ou me curarem disto ou daquilo;
A Sexta... Aos fúteis, que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchego, conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente;
A Sétima... Como foi grande e como deslizou pesada! Foi à última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Orixás. Aos médiuns vaidosos (as), que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.
  • As Sete Lágrimas De Um Preto Velho





Saravá aos pretos velhos

Pretos-velhos são espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos que viveram nas senzalas, majoritariamente como escravos que morreram no tronco da velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro.

Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".
São entidades desencarnadas que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente através da sua sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria geralmente ligados à Confraria da Estrela Azulada dentro da Doutrina Umbandista do Tríplice Caminho (AUMBANDHAM - alegria e pureza + fortaleza e atividade + sabedoria e humildade), trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omolu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda,rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes. Muitas vezes se utilizam de outros benzimentos, como os utilizados pelo Pai José de Angola, que se utiliza de um preparado de "guiné" (pedaços de caule em infusão com cachaça) que coloca nas mãos dos consulentes e solicita que os mesmos passem na testa e nuca, enquanto fazem os seus pedidos mentalmente; utiliza-se também de vinho moscatel, com o que constantemente brinda com seus "filhos" em nome da vitória que está por vir.
São os Mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o Amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por si só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são Mestres dos elementos da natureza, a qual utilizam em seus benzimentos.

Os Pretos Velhos: Os espíritos da humildade, sabedoria e paciência.
Os Pretos Velhos são entidades cultuadas pelas religiões afro-brasileiras, em especial a Umbanda. Nos trabalhos espirituais desta religião, os médiuns incorporam entidades que possuem níveis de evolução e arquétipos próprios. 
Estas se dividem em três níveis:
As Crianças – chamadas eres, ou ibejis, representam a pureza, a inocência, daí sua característica infantil.
Os Caboclos – onde se incluem os Boiadeiros, Caboclos e Caboclas, representam a força, a coragem, portanto apresentam a forma do adulto, do herói, do guerreiro, do índio ou soldado.
Os Pretos Velhos – incluem os Tios e Tias, Pais e Mães, Avôs e Avós todos com a forma do idoso, do senhor de idade, do escravo. Sua forma idosa representa a sabedoria, o conhecimento, a fé. A sua característica de ex-escravo passa a simplicidade, a humildade, a benevolência e a crença no “poder maior”, no Divino.
A grande maioria dos terreiros de Umbanda, assim também suas entidades possuem a fé Cristã, ou seja, acreditam e cultuam Oxala.

Entidades aqui tomada no sentido de espíritos que auxiliam aos encarnados, o mesmo que guia de luz.
A característica desta linha seria o conselho, a orientação aos consulentes devido a elevação espiritual de tais entidades, são como psicólogos, receitam auxílios, remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma.
Os Pretos Velhos seriam as entidades mais conhecidas nacionalmente, mesmo por leigos que só ouviram falar destas religiões Afro-Brasileiras. O Preto Velho é lembrado também pelo instrumento que normalmente utiliza, o cachimbo.

Os nomes de alguns Pretos Velhos comuns de que se tem notícia são Pai João, Pai Joaquim de Angola, Pai José de Angola, Pai Francisco, Vovó Maria Conga, Vovó Catarina. Pai Jacó, Pai Benedito, Pai Anastácio, Pai Jorge, Pai Luís, Mãe Maria, Mãe Cambina, Mãe Sete Serras, Mãe Cristina, Mãe Mariana, Maria Conga, Vovó Rita, Vovó Joana dentre outros.

Na Umbanda os Pretos Velhos são homenageados no dia 13 de maio  data que foi assinada a LEI ÁUREA, a ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA no BRASIL

Os pontos servem para saudar a presença das entidades, firmar sua força durante os trabalhos espirituais e envolver a todos presentes, mas principalmente aos médius de incorporação, como uma harmonia a ajudá-los a se desligarem para que esta ocorra.